ESCRITORA
Formada em Psicologia Clínica, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, foi Presidente da Fundação Casa de Jorge Amado, de 2001 a 2003. Tem vários livros publicados: A comida baiana de Jorge Amado, editora Maltese, 1994; editora Record, 2003; editora Companhia das Letras, 2014. Publicado também em Portugal, na Itália e na França. O ABC do amor de Zélia e Jorge, editora Maltese, 1995. As frutas de Jorge Amado ou O livro de delícias de Fadul Abdala, Editora Companhia das Letras, 1997.
Paloma relata que nasceu em 1951, na antiga Tchecoslováquia, onde Jorge e a família precisaram ficar, após serem obrigados a deixar o Brasil durante a ditadura militar brasileira. O escritor recebeu asilo no país após ser expulso da França. “Nasci na Tchecoslováquia, quando ele (Jorge) estava exilado. Ele era deputado pelo Partido Comunista. Ele teve que sair a toque de caixa, o nome dele era o primeiro da lista. Invadiram a casa deles, reviraram tudo. Meu irmão João era recém-nascido. Então foi muito difícil. Papai foi embora e cinco meses depois minha mãe foi com João. Ficaram dois anos em Paris, mas era pós-guerra, em plena guerra fria e franceses colocaram todo mundo que era estrangeiro para fora”, recordou.
Paloma teve ainda o privilégio de ter dois padrinhos ilustres: os escritores chileno e cubano, respectivamente, Pablo Neruda e Nicolas Guillen.
“Acho que meu grande privilégio não foi apertar a mão dessas pessoas. Meu grande privilégio foi de ter convívio sem aquilo de estrela fulano. Aprendi com meu pai que quem é importante de verdade não é estrela e é simples. Quem presta é simples e assim foi”, comenta.